quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Carta ao 202.

Mais um clichê adolescente para a sua lista de clichês lidos.

“Caro morador do 202, gostaria de informar-lhe que o barulho estridente que sai de seu apartamento noite adentro está incomodando a mim e a minha família. Estou a pedir a sua cooperação abaixando o volume para que eu não necessite de tomar providências de acordo com as leis regionais.”
Hm... Acho que ficou um pouco formal demais! Mas melhor deixar desse jeito... De repente a pessoa que mora lá em cima é uma pessoa muito culta, embora barulhenta.
O engraçado dessa história toda é que eu, uma garota com quase 16 anos, a pura jovialidade adolescente, reclamando de barulho. Pareço uma velha mas não é o mais engraçado de tudo... Talvez seja que o 2-0-2 seja tão eclético quanto eu, ouça de tudo um pouco. O que me faz pensar que são várias pessoas que moram lá. Totalmente diferentes: de Johnny Cash a Madonna, Iron Maiden a Chico Buarque de Holanda. Não sei o que se passa lá dentro muito bem, mas só sei que eu ao mesmo tempo gosto muito, e não tenho paciência nenhuma para escutar. Quando eu acordo, o barulho já está lá e quando eu vou dormir o barulho continua. Tanto que a maioria das vezes eu até sonho com ele! Eu acho muito esquisito, tanto que às vezes até saio de casa fingindo ser outra pessoa pra ver se aquilo não me persegue! Num dia desses, mais precisamente ontem, me deu uma vontade louca de ir ao shopping sem ninguém que eu conheço, ouvir outras coisas e outras pessoas. Deu certo, ou não. Chegando no shopping eu vi todas as pessoas com seus amigos e amores. E eu sozinha, mas não triste, eu quis isso. Eu só estava cansada, mas não conseguia descansar nunca por causa daquele vizinho insuportável!
Até que então, eu vi o cara mais lindo do mundo: Loiro, alto, forte e com um rosto muito simpático. Meu olhar se desviou por um segundo e eu encontrei um novo olhar: O segundo cara mais lindo desse mundo inteiro! Moreno, alto, olhos claros, e com um rosto tão simpático! Eu diria que ele estava sorrindo pra mim. E diria também que estava apaixonada! Então eu vi o que eu achei por um instante improvável: O homem mais lindo do mundo olhou pro segundo cara mais lindo desse mundo inteiro, suas mãos se entrelaçaram e eles saíram juntos: Simpáticos, lindos e gays. Eu não merecia isso. Não agora que eu comecei a imaginar como seria a minha vida com qualquer um deles. Não agora! Enfim, passou.
Eu me sentei e olhei a vitrine, minha cabeça estava vazia. Então eu me sentei e olhei a vitrine: Estava finalmente apaixonada! Aquela calça era simplesmente a me-lhor e eu não a largaria por nada nesse mun-do! Corri pra loja, peguei o mesmo modelo de calça só que dobrado. Agora ele era meu, ninguém tirava! Olhei a etiqueta para ver o número e vi um vislumbre do preço: R$ 1000,00. Larguei no chão! Se ninguém tirava de mim, tiro eu mesma. Onde já se viu... MIL REAIS?! Com mil reais eu compro 20 CD’s duplos importados. Muito melhor que uma calça! Comprei um sorvete. Dois reais muito bem aproveitados! Tudo o que eu queria era aquele sorvete e só aquele sorvete... Estava tão bom e gostoso e... E o que aquele sapato estava fazendo ali? Fui ao chão. Com sorvete e tudo, um papelão. Corri e me tranquei no banheiro. Eu queria morrer, minha vida estava arruinada! Encostei meu ouvido na parede do banheiro que dava pro banheiro masculino. Quem lá estaria ouvindo Amy Mcdonald? Só podia ser loucura pensar que aquele barulho conhecido – que eu amo e odeio – tivesse me perseguido até ali! Eu só podia estar sonhando, não podia ser verdade! Meu dia tinha sido agitado demais então fui pra casa. Se fosse pra ouvir aquilo, que fosse na minha casa! Foi então que eu decidi fazer essa bendita carta ao 202. Então cá estou, acabei de escrevê-la, assinei e vou entregar.
Abri a porta, chamei o elevador. O elevador chegou e eu reparei que não havia botão para o 20º andar naquele. Vou ter que ir pela escada. Estou passada. Onde já se viu não ter elevador? Subi a escada e encontrei um velho corredor com uma porta bem velha, mas com uma maçaneta nova. Como naqueles filmes de terror, sabe? Deixei a carta em cima do tapete que havia inscrito: Entre sem bater, e rápido. Estranhei, a deixei por ali mesmo e voltei pra casa. Agora ia ficar tudo bem.
Então a minha campainha tocou. O que o homem mais lindo do mundo, o segundo cara mais lindo desse mundo, o João da padaria, o Pedro da escola, o Igor do 101 e o Claudio filho do porteiro estavam fazendo ali? Com a minha carta na mão?
Foi então que eu me dei conta do que tudo aquilo significava. Aquilo nunca fui eu e sim o que eu significava. Aquele meu apartamento sempre foi algo maior, aquele apartamento era eu. Eu continha algo muito precioso em mim: Eu mesma. E então o 202, sim, o 202, a parte mais interna de mim, meu coração, minha razão de viver minhas pequenas paixões, que agora eu penso que são tudo de mim, mas que depois eu as verei e saberei que elas não fazem parte de mim, são só o apartamento acima.

*
Festinha de Ano Novo bombando lá embaixo, embora seja 4h56. Enfim, acho que eles não saem antes das 6h. Mas é a primeira vez que eu faço um post alternativo e, alternativismo está na moda (H). Como se muita gente visitasse aqui PFF --'

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Dos três mal amados.

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato
O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço
O amor comeu meus cartões de visita, o amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome
O amor comeu minhas roupas, meus lenços e minhas camisas
O amor comeu metros e metros de gravatas
O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus
O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos
O amor comeu minha paz e minha guerra, meu dia e minha noite, meu inverno e meu verão
Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

Cordel sempre estará na moda.
E mesmo blogs sendo esquecidos eles ainda estarão na moda.
Feliz Natal. Eu acho que não posto até lá.
Então, hmm, quem sabe um até 2009?

Beijos ;*

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Quem leva a sério o quê?

Desconheço quem tenha razão, acho perda de tempo qualquer discussão em defesa daquilo que o serve: Muito se fala, pouco se escreve. Há quem saiba o que ninguém mais sabe e quem veja o que ninguém mais vê. Coerência na persuasão, pré-estabelecida está a conclusão. Se eu falar sobre o que não entendem: Poucos escutam, muitos se ofendem. A verdade é que não há verdade, Tudo ‘é’ porque não há ‘não ser’.

Quem leva a sério o quê? Quem quer saber de que? Quem pode me dizer como exatamente todo mundo deveria ser?

Acho que estou postando demais para dias sem inspiração.
Só porque está na moda.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Bubble Gum.

Quando a existência tem a profundidade de um pires, até as angústias são pré-fabricadas. Á primeira vista, elas têm um cartão de crédito no lugar do cérebro, um aspirador no lugar do nariz - e no lugar do coração um vazio. Sua identidade reside nos signos exteriores da riqueza e status social. Sem suas bolsas de grife, elas perdem o equilíbrio.
Talvez um retrato sincero de uma nova juventude. Talvez um espelho dos valores e o comportamento de uma classe para quem o mundo se divide em dois: "nós" e "vocês". Uma classe que, sem encontrar limites para o prazer, vive o angustiante vazio do excesso.
Não se pode dizer que elas estão iludidas, pois, num mundo feito de aparências, as fronteiras entre a realidade e a ilusão se diluem: as pessoas só valem pelo que parecem. Para elas a imagem é tudo, e a verdade está no brilho da noite da cidade, no mundo delas.
É como Emma Bovary, de Flaubert, vítima dos romances açucarados com um toque de formação feita à base de televisão e revistas.

"The maestro says it's Mozart, but it sounds like bubble gum when you are waiting for the miracle."

sábado, 15 de novembro de 2008

But it could be so simple.

Quando as coisas são muito fáceis de serem resolvidas, - como um exercício de matemática com um enunciado de 15 linhas, e a resposta é uma regra de três - muita gente acha que está errado, e então complica tudo, fica confusa pois não sabe se o que ela fez foi correto, ou se a resposta era simples como ela havia pensado antes, e no fim acaba errando.

Pra quê complicar? Não era pra vida ser algo fácil? Nascer, Crescer, Viver, Morrer? Mas vão acontecendo coisas entre esses estágios da vida que acabam complicando tudo... Mas se você trabalhar na sua vida como um complicador e não um facilitador?

Como alguém me disse, é tudo uma bola de neve. Começa como uma pequena bolinha a rolar, e depois já é algo enorme. Ou tudo pode ser encarado como um grande nó. Você pode parar e pensar e ir cuidadosamente desenroscando tudo, ou você pode ir embolando tudo pra ver se desfaz, e acabar dando um nó cego.

E existem aquelas pessoas na nossa vida que são especialistas em retirar nós cegos. A gente muitas vezes não percebe que eles estão lá, as vezes só reconhece o que está mais perto. Aquela pessoa que segura a sua mão e te ajuda a desatar o nó que você teria que desatar sozinho. Mas essa pessoa não precisa ser uma só, como também não precisa ser o mundo inteiro. A vida é algo complicado por sí mesma, pra nós a complicarmos ainda mais.
A maioria das pessoas do mundo não têm sentido na vida, mas continuam vivendo pois, inconcientemente todos nós queremos saber o que nos reserva daqui há algum tempo, a vida é algo intrigante e instigante demais pra ser jogado fora, ou para ser embolado de qualquer jeito.

Viver está na moda.
Descomplicar a vida, que já é complicada está na moda.
As vezes as coisas não são tão complicadas quanto parecem.

Who would have guessed that it's as simple as it seems?

sábado, 8 de novembro de 2008

Saw "Quantum Of Solace" V.

Tudo começou em mais um dia de verão - que não parecia verão, que era verão? - hmm*
Tudo começou em mais um dia com horário de verão.
Estava marcado um simulado no Liceu de Artes e Ofícios, que por um acaso eu paguei, então fui lá fazê-lo, mesmo que fosse só pra chutar alternativas.
O relógio tocou as 6h30, eu fiquei na cama até 6:50. Então eu comecei a me arrumar e 7:15 estava pronta. Uma calça jeans, uma camiseta verde. Uma blusa de frio branca e um tênis branco pra combinar com a blusa e uma bolsa xadrez que continha um pouco das cores coloridas que eu havia colocado em mim. Meu pai me chama e diz pra nós irmos porque pode ter trânsito no brás, por causa dos caminhões. Caminhão é uma coisa horrível! Não me faça comentar de caminhões, beijo me liga :*. Saimos então, eu passando lápis de olho enquanto andava, uma cena no mínimo pitoresca.
Chegando ao Liceu, encontrei as pessoas gatinhas que eu vejo todos os dias úteis, e mais aquelas pessoas que eu nunca ví e todo dia me aparece alguém desconhecido. Dora me disse que todo mundo fica mais feio sem uniforme. Concordei com ela e percebi que eu não reconheço as pessoas sem uniforme.
Entrando na sala, percebo que não há ninguém com quem eu possa conversar na minha sala. Até que chega um menino que sempre me dá Oi e vai embora. Então ele me deu Oi e foi pra cadeira dele. Depois de um tempo o Julio chegou e nós trocamos algumas palavras.
A prova foi entregue e enquanto tu estava fazendo a primeira matéria (Português) decidi que não iria fazer contas naquela prova - e não as fiz.
Quando deu o horário mínimo pra saída da prova eu saí (11h10), e fui pra frente da escola esperar meus colegas. A última pessoa que saiu chegou as 13h10 na porta da escola.
Então fomos os bonitinhos: Biel, Bola, Dandan, Evandro, Gabê e eu para o Ásia House comer comida japonesa enquanto ouviamos Madonna :]
Saindo de lá, Evandro, Danilo e Biel tomaram seus rumos e eu, Gabê e Bola fomos para o Shopping Santa Cruz. Essa foi a parte mais engraçada do dia. A mais gostosa foi no Ásia pq eu tava com uma foooominha! uahsuhsas ;D
Então Julia (eu - 15), Gabê (15) e Bola (16), fomos em direção ao cinema do shopping. Resolvemos assistir Jogos Mortais V (Saw V - 18), e se nós fossemos barrados - e nós seriamos! Mas não sabia que de uma maneira tão pitoresca... - nós assistiríamos 007 - Quantum Of Solace (14?).
Chegando à bilheteria, Bola lembra que perdeu sua carteirinha de estudande, então usa o seu COMPROVANTE DE PAGAMENTO DO SIMULADO pra pedir uma meia-entrada.
Eu peguei a minha carteirinha do Liceu, Gabê sua carteirinha da UMES e Bola seu RG + Comprovante. Então eu pedi três meias entradas pra Jogos Mortais. A moça pegando o RG do Henrique olha na cauculadora e diz:
- Hmmm, vocês não podem entrar... Porque o Henrique tem 17 anos!
17 anos? WTF? Eu fiz *aquela* cara de NÃO ACREDITO e depois compramos meias pra 007.
Chegando na hora do filme nós decidimos que veríamos Jogos Mortais de graça, mas antes 007.
Comentário sobre 007:
- UAU, James Bond não diz a sua frase clichê e ele não faz o que normalmente faz com a atriz principal, só dá um beijo! Ele não fica garanhando por aí, só pega uma agente louca que fazia papel secundário.
Então saindo de 007, eu e Gabê fomos ao Banheiro Feminino e ficamos lá até dar a hora de Jogos Mortais (aproximadamente meia hora). Bola foi ao banheiro masculino e eu não o vi mais esse dia.
Quando saimos do banheiro para ir em direção ao plano final, nos demos conta de que o Bola não estava lá e não apareceria. Não sabiamos porquê.
Entrando na sala de cinema alguém atrás diz:
- Essas meninas não estávam no 007?
Eu e Gabe corremos e entramos na sala de Jogos Mortais.
Comentário sobre Saw V:
- AAAAAAAH! UUURGH! YYYACK! AUSHUSHAHUSHAUHSUAH , uau! adorei.

Então, eu e Gabê seguimos nossas vidas, cada uma com sua sina: Zona Norte, Zona Leste.

"Alguns chamam de carma, eu diria que é só destino." - Jigsaw.

Cinema, risadas, perdidos, comida japonesa estão na moda.
P.S.: Renato, tô na moda (H). 'Aaaaaaaah, pq eu ví um filme...'

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Highway to Hell.

Sim, isso é um contra-post.
Contra eu mesma. Porque dupla personalidade e contra-posts estão na moda.

'Vivendo fácil, vivendo livre
Um bilhete para a temporada em uma rua de mão única,
Sem pedir nada, me deixe em paz
Pegando tudo em meu caminho
Não preciso de razão, não preciso de rima
Não tem nada que eu prefira fazer
Descendo, hora da festa
Meus amigos vão estar lá também

I'm on the Highway to Hell.'

Esse post começa com a música, porque o inferno é o contrário do céu (?). Hoje em dia inferno tá na moda, vai dizer que não? As pessoas acham que vão pro inferno, e nem se preocupam com isso. Se você reparar nas musicas: Uma escadaria pro céu e uma rodovia pro inferno, muito mais fácil de chegar. Sem preocupações. Você compra uma 'Stairway to Heaven', e você simplesmente vai na 'Highway to Hell'.
Você vive a vida como bem entende, sem pensar em consequências, sem nem ter uma simples crise de consiência. Você já ia pro inferno mesmo, o que é mais uma coisinha alí... Outra aqui... Né?

'Sem sinais de "pare", sem limites de velocidade
Ninguém vai me fazer reduzir a velocidade
Como uma roda, vou rodar
Ninguém vai me sacanear
Ei Satã, paguei minhas dívidas
Tocando em uma banda de rock
Ei mamãe, olhe para mim
Estou no meu caminho para a terra prometida.'

O Rock sempre carrega consigo uma ponta de despreocupação, de 'eu não ligo pra nada' e acho que é isso que faz com que tantas pessoas tenham essa vontade de rock, de ficar um tempo sem se preocupar, só escutando, fazendo a música tomar conta do cérebro e só isso.
Just a sensation, baby.

Sem preocupações com a eternidade, você pode satirizar a visão de céu e inferno.
Você pode ser totalmente Niilista, se preocupar só com o seu umbigo.
Aí você pega um violão, olha pros seus colegas e canta com todo o fervor:

'And I'm going down all the way
On the highway to hell!'


Se você pensou agora: Por que você filosofou tanto pra falar sobre o céu, e escreveu tão pouca coisa pra falar sobre o inferno?
Eu respondo: Você tem que pensar muito pra ir pro céu... e pra ir pro inferno é só deixar as coisas te levarem. Fazer muito e... pensar tão pouco.

O Inferno está na moda. E eu fico muito feliz que existam tantos indies por aí. :D
Sim, eu acredito em céu e inferno. Antiquado?

"Se eu fosse um ossinho e soubesse girar, girava o dia todo até o mundo acabar..."

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Stairway to heaven.

Quando se acredita no lado bom das pessoas, das coisas, quando se é otimista e sabe olhar por todos os lados, todas as possibilidades... Quando se sabe seguir o seu caminho, quando se usam palavras de agrado, quando se falam as palavras certas no momento mais preciso... Quando se busca um pouco da inocência e acredita-se que tudo o que brilha é ouro, você está sendo como uma senhora que existe, uma senhora que com palavras consegue o que ela quer. Não por que é manipuladora, mas por que é bondosa. Essa senhora está comprando sua escada para o paraíso.
Ela é a essência do ser humano, da corrompida inocência. E não está comprando com dinheiro, com o ideal capitalista, está comprando essa escada com atitudes, com a mente.
Como quando ela vê um cartaz na rua, e ela quer saber exatamente o que aquilo quer dizer... Porque palavras às vezes palavras têm duplo sentido.
Ela conta que em uma árvora a beira do riacho, há um rouxinol que canta, e diz que às vezes todos os nossos esforços são em vão. Isso me faz pensar que nossos esforços podem ser em vão, mas em algum lugar, há um rouxinol que canta. E canta pra nós, canta pra qualquer um ouvir. Quer dizer que ainda há esperança.
Há algo que sinto, quando olho pra oeste... E meu espírito chora para partir, em meus pensamentos tenho visto anéis de fumaça atravessando as árvores e as vozes daqueles que ficam parados olhando... Isso me faz pensar, isso realmente me faz pensar que muitas vezes nós não vimos a árvore. Aquela na beira do riacho... Pois há uma nuvem de fumaça que te cobre e você não vê quem está ao seu lado. Você escuta as vozes de quem está parado olhando... Mas não escuta quem está correndo atrás de você, não sabe quem te ajuda. Somente quem está olhando.
E nisso tudo, há um sussuro que avisa que cedo, quando todos entoarmos a canção, o flautista nos levará a razão, e um novo dia irá nascer para aqueles que suportarem e da floresta ecoarão gargalhadas! Isso quer dizer que quando todos estivermos juntos e unidos, cantando juntos, a melodia nos levará a outro patamar. Nós todos veremos aquela árvore e o rouxinol cantante e acharemos a felicidade tão desejada.
Porque se há um alvoroço na sua horta, não fique assustado. É apenas limpeza de primavera da Rainha de Maio... Sim, há dois caminhos que você pode seguir... Mas na longa estrada, há sempre tempo de mudar o caminho que você segue... E isso me faz pensar...
Provavelmente a sua cabeça lateja e não vai parar. Caso você não saiba, o flautista te chama pra se juntar a ele, compor a grande canção. Você pode ouvir o vento soprar? E você sabe que sua escadaria repousa no vento sussurrante... Vamos todos para o caminho que desejamos seguir. Ouvir o som do vento e onde ele nos levará. Há sempre a esperança de ser feliz... Mesmo quando está havendo a limpeza de primavera.

E quando nós corremos soltos pela estrada, com nossas sombras mais altas que nossas almas... Nós vemos aquela senhora, que todos nós conhecemos. Ela brilha em luz branca e quer mostrar a nós, que tudo o que brilha pode virar ouro.

"E se você ouvir com atenção
Ao menos a canção irá chegar a você
Quando todos são um e um é o todo
To be a rock and not to roll...

And she's buying a stairway to heaven
."
*Jimmy Page e Robert Plant (Led Zeppelin) mesmo compondo essa música em 1971, estão na moda. Porque certas coisas são simplesmente, atemporais.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Whatever tomorrow brings I'll be there...

…with open arms and open eyes. yeah.

É isso que todo mundo precisa, um porto-seguro, alguém pra confiar, um amigo. É impossível você passar dias sem ninguém... Nenhum amigo. Esse seu amigo pode ser alguém do colégio, da rua, do condomínio, alguém da família, ou de outro lugar qualquer. Mas primeiramente tem que haver confiança. Sem confiança não há relacionamento algum que dê certo.
Tudo o que você precisa quando está naqueles momentos de deprê, é que seu melhor amigo chegue e te dê alguma palavra que mude o seu dia, que o faça ter um rumo novo.
Melhor amigo é pra essas coisas... E também pra falar quando algo em você está em conflito. Aquele toque de amigo, sabe? Quando você faz uma burrada, seu amigo diz que aquilo foi uma burrada. Porque amigo não é aquele que te apóia em todas as suas decisões, e sim aquele que tem liberdade em falar pra você o que ele acha das suas escolhas. Não um simples palpiteiro... Mas alguém que vê a situação de fora e tem o discernimento que muitas vezes você não tem.

Temos, além disso, o famoso 'Toque de Amiga' - quando perambulamos por aí usando cabelos horrorosos, mini saias que expõem nossas celulites, mini blusas que deixam à mostra os pneus da cintura e enlouquecemos ficando loiras, com caras de patos e cabelos esticados. Falta de educação? Falta de semancol? Ledo engano, é falta de um sincero Toque de Amiga. O que mais tem por aí é gente sem "amiga" pra dar aquele toque legal que está faltando. (Sim, isso saiu do "Banheiro Feminino"...)

Amigo pode sim dizer o que a gente não vai gostar. Porque o amigo não só passa a mão na sua cabeça, mas também te chacoalha pra ver se você acorda. Tudo isso pro seu bem.
Amigo não é que nem a sua mãe que só quer seu bem, mas muitas vezes não vê todos os ângulos. Um amigo olha por todos os lados e vê o que é melhor pro outro. Sem cobrança, só confiança.

Seu amigo não tem que ser seu oposto, e nem igual a você. Só tem que haver o desejo de companhia do mesmo... O gostar de falar com ele, a comunicação sem limites, pois não há receios. Não há medo de algo dar errado, de outra pessoa ‘nada-a-ver’ ficar sabendo da conversa e você se sentir constrangido.

Textos sobre amigos sempre são clichês. Com aquela utopia de ‘amigo perfeito’. Nenhum amigo é perfeito... Ele tem os próprios defeitos e os compartilha com os seus. É uma troca. De experiências, de vivência, de amizade. Talvez eu seja uma pessoa de sorte. Eu encontrei as amizades erradas e sem querer encontrei as certas. É, eu devo ser alguém de sorte.

Sorte nunca sai de moda.
Amizade também não.
Utopia sempre vai estar por aí, mesmo que no subconsciente.
Aquele ‘Toque de Amiga’ está na moda.
A confiança está na moda ( entre pessoas que você conhece o suficiente pra estar disposto a confiar...).
Mas tem gente que insiste em ser indie.

Whatever tomorrow brings I'll be there... I'll be there.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

No brain, no gain.

"Se você é do tipo que não curte um luau, a-do-ra um churrasco na beira da piscina, usa aquele bronzeador de cenoura que fica escorrendo em seu maiô de duas peças em tricô, acha um gato aquele cara que usa Raider e camiseta Polo, gosta e costuma frequentar barzinhos com música ao vivo porque acha "legal pra conversar", se pega emocionada quando lê mais uma edição de Sabrina e não desiste das dezenas de bichinhos de pelúcia espalhados em seu quarto... tente se render: você pode ser uma forte candidata a baranga. Não importa em que dose, todas nós somos um pouco. Todas, vez ou outra... cometemos gafes, pecamos na ausência ou derrapamos no excesso..."

É muito simples, barangas não são necessariamente mulheres feias. São mulheres que não sabem se portar em público. Pois há coisas que você só faz em casa, no refúgio do seu lar. Existem barangas ricas, e barangas pobres.
Barangas ricas são aquelas mergulhadas na loucura policefálica das tentações ostentatórias, as 'musas da deusa Aparência', em cujo altar imolam alegremete todo mês o que nós chamamos de salário. O pior é que gastam seu dinheiro com coisas banais e ficam bregas. Se achando as melhores. Só por que elas comem um crème brûlèe no alto do Flandrin em Paris, fumando um Charm e dirigindo seus Porshes. Sim, elas tem dinheiro. Mas se elas ficarem algum tempo sem a sua Vougue semanal elas morrem. Imaginem-as sem uma semana de Dior, Herchcovitch e Armani... Elas morrem. Porque não nasceram com a finesse das princess. Elas só nasceram com a grana, e mais nada. No brain, no gain.
Barangas pobres são muito mais divertidas de comentar. Aquelas que tomam banho na caixa d'água quando está calor, correm contra o vento pois não têm ventilador, vão no baile funk com aquela calça de moletom rosa e a mini-mini blusa amarela. Comem pão com carne louca e depois que a carne louca cai na sua bela camiseta do deputado da eleição passada, passam o dedo na roupa, chupam o dedo: Por que disperdiçar comida é coisa pra gente com posses! Aquelas que vão pro meio da rua no dia do aniverário de São Paulo pra pegar um teco de bolo e dar pro filho pra comemorar com os amiguinhos o aniversário 2 meses atrasado... Aquelas que se increvem pra São Silvestre pra dizerem que são esportistas, mas na geladeira tem aquela mortadela pro mês todo, ou tomam sol na 'laji' com o blondor escorrendo nas pernas. No brain, no gain.

Você provavelmente não é nenhum desses extremos. Você é daquelas pessoas que cometem umas gafes as vezes e esquecem logo em seguida. Mas cuidado... Todos cometem gafes, mas gafes muito grandes ficam pra história. Por isso use o cérebro quando for fazer alguma coisa. Pense muito bem... Pois gafes, burrices - e barangas - não estão na moda.
E você sabe: No brain... No gain.


P.S.: Créditos a Dani e Renato que me ajudaram na montagem dessa. Muito obrigado. E muito obrigado ao site 'Banheiro Feminino' e sua postagem SOS Baranga. Obrigada! Agradeço pelo carinho de vocês no meu blog... Mesmo! Beijos ;*

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Please don't wake me from my dreams!

"Um dia, eu lhe disse: Ao diabo com seus sonhos: Ou a gente age, ou a morte de repente nos cutuca, e não há sonho na morte. Todos os sonhos estão aqui [...]"

Existem três tipos de pessoas: As que sonham, as que acreditam que sonhar é perda de tempo.
E há o meio termo - uma pessoa que sonha e logo após sonhar pensa que está perdendo seu tempo, mas nem por isso para de sonhar.
É sobre essas pessoas que eu vou comentar hoje, por que sonhar está na moda. É como uma fuga da realidade pra sua própria utopia. Muitas vezes uma utopia secreta, só sua. Mas... Acreditar que sonhos não existem também está na moda - uau, um paradóxo! - Porque... nesse mundo que nós vivemos hoje, não há tempo, não há fuga, não existe o pessoal, não existem sonhos... Em tese, claro.
Todos nós temos nossos objetivos, e muitas vezes sonhamos com ele. Como aquelas tiazinhas que aparecem no comercial do Baú da Felicidade dizendo que seu sonho era ter a casa própria, às vezes até choram. Que emocionante! Não?
Existem outras pessoas que tem outros sonhos... Que é ser o presidente de uma multinacional, ser jogador de futebol, ter um fusca, querer simplesmente esbarrar em um Edward Cullen na esquina da sua casa...
Mas certos sonhos são impossíveis, sim impossíveis.
Como a minha última citação: Edward Cullen. Pra quem não leu Crepúsculo, não entendeu por que eu o citei aqui. Edward é a personificação de príncipe encantado no cavalo branco... Mas príncipes não estão na moda... Já Edward... Edward está num livro que já vendeu 15 milhões de cópias... SIM! Ele está na moda. E, ele é o personagem de um livro, ele não existe. É frustrante. Você pode um dia chegar a conhecer o seu Edward... Mas nunca será o Edward. Entende?
Ser presidente de uma multinacional não é impossível... É só você estudar bastante e conhecer muita gente influente ou seu pai ter sido presidente dessa empresa e você ter capacidade. Fácil! Não?

O problema é quando você sonha e esquece de viver! Viver pelo sonho é diferente de viver de sonhos. Sonhar é lindo, eu sei. Mas você tem que agir... Ou a gente age, ou a morte de repente nos cutuca. Todos os sonhos estão aqui, na Terra. Quando você morrer... O que realmente vai importar? O que você fez, ou o que você sonhou? É muito frustrante quando você sonha com muitas coisas e depois isso não acontece. Ou quando você fica 'falando com o espelho' sobre a conversa que você terá no outro dia e essa conversa simplesmente não acontece porque você não teve coragem de dizer tudo o que você ensaiou... Fazer coisas sem pensar é muitas vezes burrice. Mas pensar nas coisas e não fazer... Não porque a coisa é errada, não porque você não concorda... Mas você somente não conseguiu fazer... Por vergonha ou coisa do gênero, acaba sendo frustrante. Não há outra palavra. Por isso: cante, sonhe, dance, grite, e faça o que te der na telha - e tenha algum cabimento, claro. Não saia por aí matando pessoas, hein muleque!

Viver está na moda.
Pensar está na moda.
Sonhar está na moda.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

The Winner Takes It All...

É como um jogo, não? O vencedor leva tudo, e o perdedor fica pequeno ao lado da vitória... Esse pode ser seu destino, ou não. O jogo começa novamente, um amante ou um amigo? Uma coisa grande ou pequena? O vencedor leva tudo.
É muito difícil escrever sobre o amor quando não se está amando necessariamente, mas o amor é um assunto muito polêmico, bonito, misterioso e nunca sai de moda! E quando se ama, às vezes se ama desesperadamente, loucamente e isso é muitas vezes engraçadíssimo! Como aquele cara que ama uma a cada semana, e consegue amar todas verdadeiramente {?}. Sim, pois ele diz que ama mesmo! Ou como aquele que amou uma a vida toda, e hoje sofre pela amada que não o quer... Triste fim. Ou aquela menina que nunca amou ninguém, e subtamente ama dois ao mesmo tempo e não sabe esplicar isso. Mas eu digo: Quem ama todo mundo, no fundo não ama ninguém. É só uma carência afetiva que a pessoa não sabe explicar. Você não pode ser uma balinha de Extasy todos os dias. Simplesmente não pode.
Mas o amor é uma coisa muito complexa, daria pra ser complementado em vários posts. Esse post não vai falar do amor dos amantes, dos amigos, dos familiares... Vai falar do amor dos sacanas, dos confusos, do amor que na verdade não existe, é um amor inventado pra conforto pessoal. É um 'gostar muito' confundido ou um 'nem gostar'.
É aquele amor que se você parar pra pensar não é tudo aquilo que você pensa... É como aquele amor pelo Brad Pitt quando você tinha 12/13. Aquele amor pelo carinha da Tv que é muito gatinho, ou aquele amor pelo menino mais lindo da sua escola... Ou a menina mais linda da escola. Você na verdade só acha a pessoa a mais bonita, não sabe se ela é interessante ou coisa do tipo. Se por trás da capa do livro só há algumas páginas rabiscadas.
Ou você pode realmente amar essa pessoa, mas isso é outro assunto.
Você só não pode deixar que esse falso amor te consuma por inteiro. Que esse amor efêmero, essa paixonite te faça sofrer. Porque, na verdade, isso é só momentâneo, você vai conviver com isso por dias ou talvez semanas. Pra quê sofrer por algo que vai ser tão rápido, e na verdade não é tão intenso quanto parece?
Pensando no mais provável, com um pouco de cérebro você consegue fazer uma pessoa acreditar em você. Para o certo, ou para o errado. Você pode estar se enganando.
Mas pior do que se enganar é enganar outra pessoa. Você pode estar passando por uma paixonite e a pessoa com quem você se relaciona não, e se essa pessoa te amar de verdade? Por isso pense bem no que você vai fazer com a outra pessoa antes de começar, por que sofrer não está na moda, um relacionamento não é composto de uma unica pessoa, e o perdedor pode não ser a terceira pessoa da história... Pode ser seu parceiro, como pode ser você. E você sabe... The winner takes it all.

Amor está na moda.
O seu amor está na moda?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

'Cause we all just wanna be big Rockstars...

Sim, Nickelback. Não que Nickelback esteja fora de moda, e nem que ele esteja nela. Nickelback é atemporal. Tudo o que eles põem a mão vira hit, sem apelações, sem tatuagens, sem cabelos laranjas. É o rock na sua simplicidade e na sua totalidade. Nada mais, nada menos. Você pode não gostar de Nickelback mas um dia já cantou, você pode achar sem graça mas um dia você vai entender. Existem bandas pra serem ouvidas e existem bandas para serem contempladas. Os clássicos, obvio. Mas existem algumas - poucas - bandas contemporâneas que conseguem cair no meu gosto. A, B, C. Amy Winehouse, Blink 182, Cordel do Fogo encantado. D, E, F. Death From Above 1979, Emma Bunton, Foo Fighters. G, H, I. Garbage, Hives, Incubus. J, K, L. Jet, Kooks, Le Tigre. M, N, O. Matanza, Nickelback, Oasis. P, Q, R. Papa Roach, Queens of the Stone Age, Reel Big Fish. S, T, U. Strokes, Teatro Mágico, Underoath. V, W, X. Velvet Revolver, Weezer, X é impossível! Y, Z. Yeah Yeah Yeahs, Z é querer demais. Enfim, bandas boas que não são clássicas, e mesmo assim estão - ou poderiam muito bem estar - em qualquer moda, seja ela atemporal ou não. Todos eles mereciam aquela glória dos grandes. Alguns conseguiram, outros estão no caminho, outras jamais estarão.
Pra você conseguir ser um rockstar? Fácil, basta um pouco de cérebro and the pick of destiny. Aliás, coloque um pouco de sorte e puxasaquismo no seu curriculum. Rápido, antes que alguém chegue antes de você.
Não, você não vai conseguir ser brega e estranho e conseguir mais de 15 minutos de fama. Falcão já tá na tv, nos programinhas que ninguém vê... E as pessoas preferem pagar um brega conhecido do que um brega anônimo. Claro, que as coisas mudam se você for de graça! O que não é muito vantajoso em curto prazo, né colega?
A gente vai vendo... Porque, se algo como Exautasamba, 50 Cent e 'Toque meu corpo' fizeram sucesso, por que você não vai conseguir? HÁ! Tenha esperança, jovem.
Faça algo que te faça bem, e o faça bem feito. Já estamos cheios de músicos ruins no mundo pra que entre mais algum só afim da grana do meio artístico e zero de talento.
Pense, e use algo que veio pra você de graça: Seu cérebro.
O Rock contemporâneo tem sim muito a mostrar, e também muito à desejar. Porque tudo o que podia ser feito já foi inventado. Será?

Rockstars e cérebros estão na moda.
Hey, hey, I wanna be a rockstar.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Eu não posso fazer nada. (9º título)

"... o vazio tem o valor e a semelhança do pleno. Um meio de obter, é não procurar, um meio de ter é o de não pedir e somente acreditar que o silêncio que eu creio em mim é a resposta a meu - meu mistério."
"Descupai-me mas vou continuar a falar de mim que sou meio desconhecido, e ao escrever me surpreendo um pouco pois descobri que tenho um destino. Quem já não se perguntou: Sou um mosntro ou isso é ser uma pessoa?"
"... É que "quem sou eu?" Provoca necessidade. E como satisfazer a necessidade? Quem se indaga é incompleto."
"... Seu ritmo é às vezes descompasso. E tem fatos. Apaixonei-me subtamente por fatos sem literatura - fatos são pedras duras e agir está me interessando mais do que pensar, de fatos não há como fugir."
"Pensar é um ato, sentir é um fato."


"E agora - agora só me resta acender um cigarro e ir pra casa. Meu Deus, só agora me lembri que a gente morre.
Mas - mas eu também?
Não esquecer que por enquanto é tempo de morangos.
Sim."


Air blasé, lembra?
Livros e cérebros estão na moda
.


domingo, 21 de setembro de 2008

Tem coisas que só o coração entende.

AH! PEDREIROS PSEUDO TARADOS NÃO, EU REPITO, NÃO ESTÃO NA MODA!
Não querendo criticar a classe de trabalhadores braçais que constrõem esses lindos prédios que quando vc passa perto do shopping Villa Lobos fica com a expressão de "Ah, que belas obras!", o uso do termo pedreiros foi somente pra aglomerar uma série de outras funções acumuladas por outras pessoas, como: Motoristas de caminhão, padeiros, policiais, mendigos, vendedores, e blá blá blá. Gente! Vocês não percebem que quando vocês passam por uma mulher e mandam beijinhos, e falam aquela porção de coisas vocês só estão se passando por idiotas? Ou vocês acreditam mesmo que uma mulher vai parar e começar a te dar mole só por que você falou "NOOSSA ESSA É A MULHER QUE A MINHA MÃE PEDIU PRA SER NORA" com aquela sua cara de malandro e seu uniforme azul-borracharia, além do dedo preto cheio de gracha que vc passa pela sua boca achando que isso é sexy.
Bem, enfim, cantadas malandras tipo "um côco caiu do coqueiro, rola ou não rola?" e do tipo, só fazem vc ficar com meninas fáceis e muitas vezes feias - aquelas desesperadas, tá as vezes vc dá a sorte e pega uma mais ajeitadinha -, vai ser muito difícil, colega, arranjar algo que preste. Digo algo que preste como alguém que tenha todos os dentes na boca.
Essas piadinhas são feitas para serem zoadas entre colegas que querem simplesmente dar risada.
Mas sei lá né, se você, garota, inteligente e bonita gosta de umas cantadas assim de vez em quando, só pra inflar o ego, eu não acho muito elegante da sua parte, mas gosto não se discute - se lamenta - como diz alguém que já deve ter passado dos 40.

E no meio dessa brincadeira... Brincar de ser malandro, de dizer que sou careta e faço cantadas ruins você encontre o grande amor da sua vida. Quem sabe? É a fumaça que te esconde o futuro.
Ninguém sabe como vai conhecer a pessoa que você vai gostar de verdade, só quando a conhece. É quase um imprevisto. Quer dizer, é um imprevisto. Por que, imprevistos simplesmente existem. Provavelmente você não encontrará seu par num baile funk, mas não é que tem gente que consegue se achar no meio daquele fusué todo? Então, meu querido, não perca as esperanças e continue com o seu acervo de cantadas, por que um dia elas podem dar certo, não?
Mas, se você pensar um pouquinho você consegue aquela cantada infalível.

Por que cantadas - beijinhos NÃO -, cantadas e cérebros estão na moda.
E, o grande detalhe... Tem coisas que só o coração entende.
/pedreiro.

domingo, 7 de setembro de 2008

When there's nothing left to burn, you have to such yourself on fire.

Vamos falar de música. Todo mundo fala de música porque música é moda. Não adianta dizer que não é porque é. Quando uma banda sai do underground e começa a ficar famosa, os antiigos "fãs" pensam: "Já entrou pra modinha". Aposto que esses nunca pararam pra pensar que o artista está sendo finalmente reconhecido pelos grandes centros de mídia e agora vai começar a ganhar uma grana com mais shows - não só cervejas de graça quando toca em algum barzinho. Enfim, quando se está na moda e se sabe utilizar isto ao seu favor você ganha uma bela grana. E dinheiro jamais sairá de moda. Sairá, no dia em que a humanidade se extinguir e as plantas dominarem o mundo. Até lá, o dinheiro estará na moda. Nem com a volta do movimento hippie o dinheiro sairá da jogada. Mas dinheiro pode ser um outro assunto. Hoje o assunto é música; e não qualquer tipo de música que está na moda - ex: Zezé di Camargo e Luciano, Xitão, e até grandes nomes da música clássica como Mozart e Bach não... Não estão na moda. - Vamos comentar comentar sobre os milagres que o Indie Rock, o Emocore, o Black e o Rap fizeram com o mundo. Milagres, sim. Porque lembra daquela menina quietinha e bonitinha que vc dava Oi e ela ficava vermelha? Bom, hoje ela usa maquiagens que parecem mais que ela levou um soco nos olhos, usa um colar de pit-bull e fala palavrão porque isso está na moda e é assim que ela se sente libertada. "God knows I want to break free" ou como a Macabéia quando não tem ninguém em casa. É o poder da música e de quem a toca. Sem comentar que hoje seu irmão mais novo gosta de black e rap, joga futebol e corrida no videogame, se sente o tal quando está perto dos amigos - se seu irmão não é assim, sorte sua. Se ele é muito novo mas já apresenta algum indício FUJA antes que seja tarde!.
Aliás, o black e o rap estão fazendo com que garotos queiram parecer o 50 cent (não disse que não exista blacks e raps bons). Man, o 50 cent tá na moda, mas enfim, não gosto muito do estilo. Uma coisa que música tem que ter é letra boa (Se tiver letra. Pois as vezes, uma melodia é melhor do que qualquer palavra...), não tente inventar dizendo que "oi sou gângster e ando com prostitutas" é uma letra digna de ser ouvida e bem paga.As pessoas tem que ser influênciadas positivamente desde pequenas, por isso influenciem todos com menos de um ano de idade a ouvir Vivaldi e Beatles. Pronto, será formado um mundo melhor.
Assim, elas saberão ouvir boa música: um bom rock, um bom clássico, um bom mpb, um blues, quiçá um black, até saberão distinguir Pop de "toque meu corpo". Toda forma de expressão através de música é válida, desde que haja cérebro por trás disso. Então dê sua cara à tapa.

Porque músicas e cérebros estão na moda.
Such yourself on fire.

sábado, 6 de setembro de 2008

Introdução

Esse é um blog retrô, porque retrô tá na moda e blogs também. No fim, todo mundo acaba tendo um blog. Quem não teve um dia vai ter e quem já tem, já tem oras. Aqui vou dizer o que está ou não está na moda, porque moda sempre tá na moda. Enfim, vão sair muitas brisas e no fim vocês vão acabar perguntando: Daonde saiu essa doida? ou qualquer outra coisa do gênero e eu irei fazer aquele air-blasé que você não sabe o que é porque nunca teve contato com o idioma francês. Na verdade já teve quando vc viu escrito "sutiã" na venda alí perto da sua casa. Talvez, ou talvez não. Não tenho a mínima idéia quem vai ler isso aqui. Na verdade não tenho a mínima idéia se alguém vai ler isso aqui. Não ligo, dou um up no air-blasé novamente e faço cara de nerd. Porque afinal, o que mais importa na vida é você sair por cima, e isso jamais sairá de moda. Esse é um blog fútil, porque, vocês já sabem, o fútil jamais sairá de moda. Enquanto pessoas fúteis existirem nesse mundo, mais rápido o mundo girará. Uma conversa só de intelectuais falando sobre livros e bebendo chá pode ser - ou não - mais divertida do que um longo papo com os amigos falando dos piolhos de cobra dos manguezais do nordesnte, e claro brisando... Porque no fim o papo acaba no assunto de musica clássica de compositores do oriente médio. Nem ligo. A moda sempre estará na moda e isso nunca mudará: Emos, Indies, Retrô, Roupas... A moda muda sempre, mas a moda sempre está lá. Não digo que sou a favor da moda, nem que sou contra... Mas combinamos que se você vai a favor da moda, vc é "modista, da modinha", e se você vai contra a moda você também está na moda porque hoje a moda é ser "diferente". Não importa. Não ligo. "Você é único, igual a todos os outros". E ser único está na moda. A diversidade na adversidade. O igual no diferente. Enfim, cada moda é sempre a "última moda", que passará e será considerada ultrapassada.

Eu disse que esse blog é fútil, e não um blog sem cérebro.
Porque cérebros e futilidades estão na moda.