segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Bubble Gum.

Quando a existência tem a profundidade de um pires, até as angústias são pré-fabricadas. Á primeira vista, elas têm um cartão de crédito no lugar do cérebro, um aspirador no lugar do nariz - e no lugar do coração um vazio. Sua identidade reside nos signos exteriores da riqueza e status social. Sem suas bolsas de grife, elas perdem o equilíbrio.
Talvez um retrato sincero de uma nova juventude. Talvez um espelho dos valores e o comportamento de uma classe para quem o mundo se divide em dois: "nós" e "vocês". Uma classe que, sem encontrar limites para o prazer, vive o angustiante vazio do excesso.
Não se pode dizer que elas estão iludidas, pois, num mundo feito de aparências, as fronteiras entre a realidade e a ilusão se diluem: as pessoas só valem pelo que parecem. Para elas a imagem é tudo, e a verdade está no brilho da noite da cidade, no mundo delas.
É como Emma Bovary, de Flaubert, vítima dos romances açucarados com um toque de formação feita à base de televisão e revistas.

"The maestro says it's Mozart, but it sounds like bubble gum when you are waiting for the miracle."

Um comentário:

Henrique Rodrigues disse...

*Só pra Ju postar*


MEEEEEEEEEU!


Acho mó legal livros q mostram q pessoas estereotipadas como futeis, vadias, e vazias tem algo a dizer, saca???

Já li 100 Escovadas 4 vezes!o/